Uma equipe de peritos do Laboratório de Química Forense, pertencente à Coordenação de Laboratórios (Colab), da Polícia Científica do Pará (PCEPA), em Belém, realizou perícia na manhã desta quarta-feira, 30, em mais de 280 quilos de entorpecentes apreendidos em ação de fiscalização de agentes da Base Fluvial Integrada ‘Antônio Lemos’ em carretas que estavam sendo transportadas por duas balsas, no município de Breves, no Marajó. Os entorpecentes foram enviados para o Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (DENARC), que abriu inquérito policial para investigar o caso.
Somando os entorpecentes das embarcações, a perícia constatou um total de 286 quilos de maconha, divididos em 258 tabletes. “A droga foi descrita, pesada e contraprovas foram enviadas para o laboratório forense da PCEPA, onde passarão por outros testes confirmatórios”, afirmou o perito criminal Eric Nascimento.
Na última quinta-feira, 24, a equipe policial da Base Fluvial, localizada no rio Tajapuru, localizou os entorpecentes no baú de um caminhão, transportado em uma balsa chamada “Capitão José Guilherme III”. No mesmo dia, a embarcação “Jean Filho LXII” foi fiscalizada e nela, os agentes encontraram uma carreta com tabletes de maconha. Ambas as embarcações vinham de Manaus, no Amazonas.
Após a fiscalização, com auxílio de cães farejadores, do Batalhão de Ações com Cães (BAC), da Polícia Militar do Pará, a equipe apreendeu o material, enviado para a DENARC, com o auxílio do Grupamento Aéreo do Pará (Graesp), além de prender em flagrante os motoristas de ambas as carretas.
“Através da Polícia Científica, a gente consegue obter a materialidade, constatar que aquilo se trata de entorpecente, se trata de um objeto material ilícito. Em apreensões de grandes quantidades de droga, é importante que os peritos se desloquem até a DENARC para realizar os procedimentos periciais, o que evita andar nas ruas de Belém com esse material de grande valor financeiro, então o papel da perícia é fundamental”, afirmou o diretor da DENARC, o delegado Davi Cordeiro.
Só no mês de outubro, a PCEPA periciou mais de 600 kg drogas advindas dessas grandes apreensões, sendo divididas entre maconha e cocaína. “Com a baixa do volume dos rios, e a impossibilidade de utilizar embarcações menores, os criminosos estão usando o artifício de colocar carretas carregadas de drogas em balsas para conseguir transportá-las”, explicou o delegado.
O laudo vai subsidiar a destinação de todo o produto apreendido, que será levado para incineração por parte da Polícia Civil.
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